Mostrando postagens com marcador Cozinha. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Cozinha. Mostrar todas as postagens

2 de março de 2013

My eternal challenge in Japan: the language!

First spring flowers at Yoyogi Kouen
On the way to work (NHK International Service in Portuguese) yesterday, I saw the first flowers of this spring at Yoyogi Park. I am not sure if they were "ume" (plum) or "sakura" (cherry) flowers, as I'm not able to distinguish some species of them. But I remember someone told me the ume blooms first so it must be it.

The coming of a new spring , of this explosion of life, made me remember that I'll soon be reaching my second year of Japan and, coincidently, my 27th spring. I think it's pretty "sage" to measure life  according to the number of springs. Living in a country where each season shows its best, it's possible to notice how life changes in the begining of spring. It seems we take a new breath and start a new journey. I guess it's not for other reason that everything starts in April in Japan, when the sakura make their show!

When I think of the anniversary of my arrival and about  getting closer to the 30's, I get those mixed feelings, specially the love/hate relationship with Japan. In the end there is not objective answer for anything and I vote for a positive sum/balance. But one thing still makes me concerned and: I'm not able to comunicate with the majority of people who surround me; I'm not able to do many things by myself because I can't read or write. I don't speak Japanese.

I'm not going to say I did my best. I didn't. I know of other people who started with me and now are at least trying to present their seminar in Japanese. I got fed up with the methodology on the way, I was bored having to go there everyday and later 3 times a week (including saturdays) for 3h with no show of progress in the things I was supposed to be learning, and, I shall be honest with myself: I never wanted to learn Japanese for the language itself! I love the thing about the kanji and sometimes I enjoy learning some here and there even for fun. But the language itself I think it's weird, doesn't sound well and doesn't go well with a lot of things I like. Hey, look, it's not a matter of prejudice or hate, it's a matter of personal taste. I prefer languages that stem from latin.

But, I like to communicate, I love Japanese people, and I like to eat and try to cook good food. So my trips around Japan and my continuous challenge to keep trying to read menus and food packages were the biggest responsible for my current level of Japanese. I think I still sound stupid and I can't understand almost anything. And, well, my shame has be growing, because, if before I could say "Oh, I just arrived", now I got 2 years on my back. But still... I can o the basics.

So I decided to face the language from a different perspective: I don't have to like it, I just have to learn it because of a much more ambitious aim: to understand life around me, talk more to people (and not hide or run from them - in case you're asking, yes I do it for real) and to cook! Of course for a person like me it's dificult to learn things I don't like. But I have done it so well in the past, so why not to do it now?

Here is my next challenge: bake bread with Japanese ingredients!

Have a great spring!

17 de setembro de 2010

Torta de frango

Atendendo a pedidos, vou postar a receita da Torta de frango do meu pai. Parece que está fazendo O sucesso na comunidade coreana em Hanói \o/


Massa para uma forma pequena
3 copos americanos de farinha
180 de manteiga
1 colher de café de sal (mais ou menos)
1 colher de sopa rasa de fermento em pó (se não tiver não fará muita diferença)
2 ovos inteiros
1 gema para pincelar (misture um pouco de óleo nela)
Peneirar o fermento sobre a farinha, acrescentar os demais ingredientes e, com os dedos, misture tudo até obter uma massa homogênea. Usando as mãos, abra a massa no fundo da forma . A parte de cima da torta se abre sobre um pedaço de plástico ou papel manteiga.

Recheio
No caso de frango, um peito de frango é suficiente
Doure o frango no azeite ou óleo (se utilizar urucum ou açafrão, fica mais bonito e saboroso). Acrescente por volta de 2 litros de água e cozinhe o peito de frango. Quando estiver bem macio, retire a água que sobrou e reserve-a. Deixe o frango esfriar e, depois, desfie.
 Em um pouco de óleo ou azeite, doure o alho e a cebola picadinha. Acrescente o frango desfiado, mexa bem, coloque um pouco da água água que sobrou do cozimento do peito de frango (o suficiente para não ficar muito seco). Desligue o fogo, acrescente um pouco de salsinha e cebolinha picadas.
Creme para misturar com o frango para o recheio
Pode ser o molho branco ou também (o que usamos mais) batatas cozidas e amassadas . Neste caso, lave, descasque e corte a batata em cubos. Cozinhe até amolecer, amasse, acrescente a água que sobrou do cozimento do peito de frango e deixe cozinhar até virar um creme. Por fim, acrescente o peito de frango preparado e ervilhas, ou crie sua mistura. Deixe cozinhar mais um pouco para os ingredientes pegarem o sabor. Retire do fogo e deixe esfriar um pouco antes de jogar sobre a massa.

Depois que terminar de montar a torta, pincele com a gema e leve ao forno.

Confesso que dá bastante trabalho, mas vale a pena! ^^
Bon apetit!

12 de setembro de 2010

Rumo à orgia gastronômica

Para quem não entendeu muito bem ainda, vou expôr a simplicidade da questão: estou precisando liberar  a  libido acumulada utilizando meio alternativos. Já me conformei com o fato de que não vou namorar ninguém pelo menos nos próximos meses (confirmado por Susan Miller); quiçá nos próximos anos/nunca. Confesso que estou um pouco enjoada de expressões artísticas, ou seja, sem muita paciência pra ver filmes, ir a concertos ou visitar galerias e museus. Concluí que definitivamente não sou uma "persona balada". Acho que sou incapaz de praticar homicídio. Oras, só me resta então cozinhar e comer! Para os preocupados de plantão, eu já aviso: não, não vou engordar  loucamente, simplesmente porque não aguento comer muito. A ideia é comer bem. Portanto, sintam-se convidados a participar de meus experimentos rumo à orgia gastronômica. As últimas experiências foram as seguintes. 

02/09 - torta de frango (receita do meu pai)
A torta ficou fantastique. Só faltou um pouquinho de sal. Mas, aqui, eu tenho um ponto a meu favor: melhor sem sal do que muito salgada! Passei uns três dias comendo torta. para compensar as quase 3h que gastei fazendo a bonitinha. Tentei congelar pra ir alternando com outras coisas, mas estava muito boa e eu não resistia em recorrer a ela. Ah,  tive ajuda da Isabelle pra terminar de comer e poder cozinhar outras coisas!

09/09 - bolo de cenoura (receita da minha mãe) com cobertura de brigadeiro feito com cacau em pó (o bolo ficou muito doce, então precisava dar uma quebrada), berinjela à moda italiana (receita do Breno Lerner)
O bolo murchou e virou praticamente brownie de cenoura... Isso aconteceu porque eu decidi colocar a berinjela mais um pouco no forno enquanto o bolo assava. Abre forno, fecha forno, o bolo ó: nhóóóóim.  Mas ainda assim ficou gostoso (mais ainda pra uma pessoa como eu que não é muito fã de bolos fofos - nos dois sentidos) e está aqui de sobremesa e para beliscar. 
A berinjela ficou maravilhosa (e tenho dito: poderia viver de berinjela), mas o único problema foi eu deixar o alho queimar um pouco na hora de refogar. Na segunda leva, tomei mais cuidado, pois um alhinho queimado afeta o gosto tão bom da berinja.

11/09 - Ajiaco (receita da Clau), pão-de-queijo (receita do meu pai) com pimenta rosa, pão pita (receita da Angela)
Ajiaco parece a coisa mais simples do mundo. Não botei fé quando vi a receita e nem quando comecei a fazer. Mas foi uma das melhores coisas que comi na vida! Combinação improvável: batata cozida com milho, que se serve acompanhada de creme de leite, alcaparras, frango desfiado e abacate. 
A massa do pão-de-queijo ficou perfeita pela primeira vez em muitas tentativas!!! E a pimenta rosa deu um toque especial! 
O pão ficou bom na hora, mas agora está mais pra torrada do que para pão. O que importa é que está saboroso e eu estou cogitando começar a fazer pão em casa ao invés de comprar...

12/09 - peixe assado recheado (recheio receita da Angela)
Totalmente aprovada a minha primeira tentativa de peixe assado. Mas foi uma das experiências mais aterrorizantes da minha vida cortar legumes à Julienne. Eu fiquei imaginando meu dedo sendo cortado em várias partes e muito sangue saindo a cada corte que eu realizava. Quando terminei, foi um dos momentos em que me senti mais aliviada EVER!

Bem, entre uma fornada e outra, cortei um frango em 8 partes pela primeira vez na minha vida. Parece-me que deu certo! E amanhã sairá um xinxim de galinha (receita do Breno Lerner) \o/

31 de julho de 2010

Ócio + gastronomia = combinação fatal

Entre o meio de junho e o início de julho foi minha saga gastronômica. Saquei do bolso algumas receitas que tinha guardadas e decidi deixar de ser aquela que só esperava a comida ficar pronta, porque sempre achou que as amigas cozinhavam melhor. Ok, é difícil concorrer com uma pessoa que fez gastronomia e outra que cresceu na cozinha com as mamas ucranianas, mas lições aprendidas: cozinha só se aprende fazendo e nem sempre a mesma receita vai dar certo.
De ruim, ganhei apenas um dedo quase cortado ao meio (seguido de um desmaio) e alguma semi-desidratação com cositas que ficaram salgadas demais. Talvez eu tenha ganhado alguns gramas também... Mas isso foi mais pro final, quando cheguei na feijoada... Ficou tão boa, que passei dois dias almoçando e jantando feijoada! Só não foi apreciada também no café da manhã, porque eu estava acordando já na hora do almoço.
Comecei pelo cachorro quente ao molho picante, receita que queria fazer há séculos, desde que a vi no blog da Gigi. Para os preguiçosos, eu vou copiar a receita, aqui. É ultra-fácil e tem um sabor recompensador da ardência embaixo das unhas. Ah, a foto também é dela, já que eu não tenho câmera e não tirei foto do meu experimento.


 
INGREDIENTES:
1 tomate médio
2 colheres de sopa de alho-poró picado
1 dente de alho
1 pimenta dedo-de-moç
sal e pimenta-reino à gosto
MODO DE PREPARO:
Picar todos os ingredientes. Retirar as sementes da pimenta se não quiser um molho muito picante. Refogar tudo com um pouco de azeite (primeiro o alho, depois o alho-poró, a pimenta e o tomate) e pronto! Se quiser um molho menos “pedaçudo”, deixe a panela tampada em fogo bem baixo por uns dois minutos no máximo.
Obs.: O nível de ardência pode variar conforme o gosto do cozinheiro. O meu foi ultra-picante. O resultado foi acompanhado de uma brejinha.

Depois de algumas semanas de experiências, eu só posso dizer que vale a pena. Mas tem os inconvenientes: (i) dá vontade de aprender cada vez mais, mas, se gastronomia não vai ser sua profissão principal, não é fácil e nem barato aprender muito; (ii) quando não dá tempo de fazer alguma coisa legal, a gente perde a vontade de fazer a comida e já não há mais paladar pra comer qualquer gororoba e vc passa uma boa parte do seu dia se perguntando "ó céus, o que comerei hoje?"; (iii) dá muita vontade de fazer as coisas em casa, pois em São Paulo, qualquer porcaria custa os olhos da cara e vc percebe que consegue fazer muito melhor por menos de 1/3 do preço; (iv) a maior parte das coisas especiais leva itens que, se eu consumir o tempo todo, provavelmente vou começar a ter problemas.
O jeito é tentar achar um equilíbrio. Uma boa forma é começar a fazer aulas na liberdade e comer por lá pelo menos uma vez por semana. Falando nisso... Japonês é uma língua de outro mundo... Mas isso fica pra próxima!