Outro dia ousei ficar na biblioteca central da universidade onde estudo, a Waseda, até a hora de fechar e, surpresa, descubro que a biblioteca também tem música de encerramento. Logo me critiquei: "Óbvio! Se o ferry tem, por que um prédio oficial da universidade não teria?". Mas em seguida veio a tristeza profunda: era uma das minhas músicas clássicas preferidas, Pachelbel , Canon (ok, lugar comum, eu sei). Fiquei imaginando: poxa, agora essa música vai ficar carregada de sentido, saindo do status de neutralidade "eu gosto dessa música". Toda vez que ouvi-la, vou me lembrar de algo acabando no Japão!
Julgamento feito, julgamento debatido, julgamento superado: todas as músicas são carregadas de alguma lembrança! Dependendo da música, há várias passagens dinâmicas! Por algumas músicas, tenho algo que beira a obsessão e nunca deixei de ouvi-las. Ganharam, portanto, significados diversos com o passar dos anos. Quem sabe não seja o mesmo com Pachelbel...
Coincidência feliz que ela tenha ficado carregada de despedida, pois é um momento de despedidas. Algumas quase subliminares, outras muito significativas.